Regras para escolher o calçado ideal

Ao longo dos séculos o calçado foi sendo desenhado para atender às necessidades da humanidade no que concerne à proteção, ao apoio, ao conforto, à robustez e até mesmo à elegância.

Os pés sofrem enormes pressões ao longo do dia a dia. Um dia normal de caminhada pode corresponder a uma força igual a várias centenas de toneladas sobre os pés, o que faz com que estes membros estejam sujeitos a mais lesões, ressalvando assim a necessidade de protegê-los com calçado apropriado.

Calçado de criança: como escolher?

Quando uma criança começa a andar, normalmente não necessita de sapatos. Permitir que uma criança ande em casa descalço, apenas com uma meias, ajuda a que o pé cresça normalmente, desenvolvendo os músculos, assim como a capacidade de preensão dos dedos.

A utilização do calçado deve ocorrer à medida que a criança se vai tornando mais ativa e as suas atividades passam a ser em casa e na rua. Neste caso o calçado passa a ser necessário.

Ao comprar os sapatos das crianças deve ter em conta vários aspetos. O contraforte deve ser firme, deve ser flexível apenas na região dos dedos, deve ser possível ajustar o calçado aos pés através de atacadores ou velcro. Só é possível saber se o calçado está bom de tamanho quando a criança está em pé, devendo sobrar um dedo indicador do dedo maior do pé na parte da frente do calçado.

O calçado não deve chinelar quando a criança caminha, sendo importante andar sempre com os atadores ajustados.

Calçado de mulher: o que evitar?

As mulheres são quem mais infligem “castigos” aos pés, usando com frequência calçado desadequado, provocando assim problemas desnecessários. Alguns dos problemas resultam da utilização de saltos altos com mais de 5 centímetros e excessivamente finos, sendo não só perigosos para os pés como também para a postura e articulações subjacentes.

Para além dos saltos altos, a ponta do calçado muito estreita também são nefastas para os dedos.

Para minimizar este efeitos negativos é fundamental moderar o uso deste tipo de calçado, sendo importante alternar com calçado mais baixo e adequado.

A utilização em excesso de chinelos e de calçado excessivamente mole (tipo sabrina) provoca também o aparecimento de inúmeros casos de dores diversas nos pés (como tendinites, inflamações nos tendões)

A adequação do calçado ao tipo de atividade é fundamental.

Calçado de homem: vantagens

O calçado do homem é muito menos problemático, quando comparado com o da mulher. O calçado do estilo Oxford (clássico) apresenta de um modo geral as características adequadas, isto é, contraforte resistente, ligeiro tacão largo, não dobra ao meio, apenas na zona dos dedos, e possui atacadores.

É também importante que a palmilha do calçado seja acolchoada e que a sola dos sapatos apresente capas de borracha de modo a dar mais conforto e não escorregar.

Tal como nas mulheres é fundamental a adequação do calçado ao tipo de atividade (trabalho, laser, desporto…).

Calçado desportivo

Hoje em dia, o calçado desportivo possui um elevado grau de especificidade, ao ponto de dentro da mesma atividade desportiva existirem características específicas para, por exemplo, diferentes tipos de piso.

Para prevenir o aparecimento de lesões desportivas não só nos pés como também em todo o membro inferior é importante a realização de estudos dos apoios plantares para indicar o melhor calçado desportivo para a pessoa em causa e até mesmo para o piso onde decorre a atividade.

Alergia ao leite de vaca

O que é esta alergia? É frequente?

É uma reação exagerada do sistema imunológico contra as proteínas do leite de vaca, podendo ocorrer pela ingestão, contacto ou inalação do leite. Existe uma sensibilização por contacto prévio (na maioria das vezes o primeiro biberão na maternidade!) e quando ocorre uma nova exposição o sistema imunológico reconhece o leite como algo estranho, desencadeando a alergia a cada novo encontro…

Em Portugal, a alergia às proteínas do leite de vaca é a principal causa de alergia alimentar e de anafilaxia na criança.

Como se manifesta a alergia ao leite?

Na maioria dos casos as reações são imediatas e ocorrem entre poucos minutos a 2 horas após o contacto. Pode apresentar-se desde manchas ou pápulas vermelhas na pele com comichão (urticária), inchaço, comichão na boca, vómitos, diarreia, cólica abdominal, até à anafilaxia sendo esta a reação alérgica mais grave.

Mas também podem ocorrer reações mais tardias, com início várias horas ou dias após a ingestão do leite. Nestes casos, os sintomas digestivos são os mais frequentes, como os vómitos, a diarreia e/ou o sangue nas fezes.
Que devo fazer perante a suspeita de alergia? Como é feito o diagnóstico?

A criança deve ser observada por um médico especialista em doenças alérgicas. O diagnóstico exige uma história clínica detalhada complementada, quando indicado, por exames tais como testes cutâneos e análises específicas. Os resultados têm que ser sempre relacionados com a história clínica e, em casos de dúvida, só a prova de provocação oral poderá confirmar a alergia alimentar. A prova com o alimento deve ser sempre realizada em meio hospitalar e por equipas especializadas e experientes nestes procedimentos.

Qual o tratamento?

O tratamento consiste em cumprir uma dieta sem leite de vaca. Ensinar a ler os rótulos de ingredientes, a estar atento a alergénios ocultos e ao risco de contaminações. O leite está presente em muitos alimentos como sumos de fruta, pastilhas, pastas de dentes, entre muitos outros. É verdade, até pode estar presente em medicamentos e em cremes hidratantes.

Um plano de tratamento escrito deve ser entregue indicando como agir rapidamente nas reações alérgicas que decorrem da ingestão acidental. As crianças com história de anafilaxia devem ter a “caneta” para autoadministração de adrenalina, e é fundamental o ensino de quando e como a usar.

Quais são as alternativas ao leite de vaca, qual o leite indicado?

Os leites de substituição mais seguros são as fórmulas extensamente hidrolisadas. A hidrólise intensa consegue transformar as proteínas do leite em pequenos péptidos que assim não causam alergia. No entanto, em casos raros, pode haver mesmo alergia a estes leites especiais, podendo estar indicadas fórmulas compostas exclusivamente por aminoácidos, de custo extremamente elevado.
O leite de soja é uma alternativa segura? E outros leites de origem vegetal?

O leite de soja pode ser uma alternativa nutricionalmente equilibrada, de sabor agradável e mais económico. No entanto, existem restrições no seu uso, não estando indicado para crianças menores de 6 meses ou como primeira opção em casos de alergia grave ao leite, devido ao risco de desenvolver alergia concomitante à soja.

Outros leites de origem vegetal, como o leite de arroz ou outras bebidas vegetais, poderão ser indicados em situações particulares.
O meu filho tem alergia ao leite, posso dar leite de cabra ou de ovelha? E a carne de vaca?

Não, a maioria das crianças irão reagir com o leite de outros mamíferos, pois as proteínas são muito semelhantes às proteínas do leite de vaca e o risco de reatividade cruzada entre essas proteínas é muito elevado.

Já o risco de reatividade cruzada da proteína do leite com as proteínas da carne de vaca é muito baixo, sobretudo se a carne estiver bem passada. A carne de vaca só deverá ser retirada da dieta se for confirmado que a criança apresenta reação após a sua ingestão.
Estou grávida e um filho meu tem alergia ao leite… O que devo fazer?

Na maternidade deve ser evitado alimentar os lactentes com fórmulas lácteas, promovendo o aleitamento materno. A exposição precoce às proteínas do leite é uma das principais causas de alergia quando o mesmo é reintroduzido como suplemento, semanas ou meses mais tarde. Quando não é possível o aleitamento materno exclusivo, deve ser recomendada uma fórmula hidrolisada.

E durante a gravidez, foi comprovado que a evicção de alimentos que possuem as proteínas do leite não previne a alergia na criança. Ao iniciar a amamentação também não é preciso fazer dieta, exceto se a criança começar a apresentar sintomas suspeitos de alergia. Nesse caso é muito importante comunicar de imediato com o médico assistente.
A alergia ao leite pode desaparecer?

Esta alergia tende a ser transitória e a resolver na maioria dos casos até à idade escolar. É preciso seguir o tratamento corretamente, pois a ingestão inadvertida de alimentos com leite pode atrasar o desenvolvimento da tolerância.

Nas formas mais persistentes e graves, o risco de ocorrerem reacções acidentais graves e potencialmente fatais é grande, nomeadamente a partir da idade escolar e em especial na adolescência. Nestes casos poderá haver a indicação para a indução de tolerância oral ao leite. É uma abordagem terapêutica que deve ser criteriosamente utilizada, sempre com a supervisão de imunoalergologistas em centros diferenciados, de forma a garantir a segurança e o sucesso do procedimento.

Sobrancelhas finas de volta?

Por este andar, já todos devemos ter a expressão “Y2K” no nosso vocabulário. A sigla, usada para caracterizar tudo o que tenha originado – ou proliferado – no final dos anos 90 e começo dos anos 2000, invadiu a Moda e a Beleza com uma rapidez que poucos anteciparam.

 

E na Beleza em particular trouxe consigo uma panóplia de coisas boas: trouxe o brilho, a cor, e uma capacidade de expressão pessoal que em muito tinha sido limitada pelas tendências minimalistas anteriores. Mas também trouxe coisas que, no mínimo, algumas de nós poderão considerar como menos boas.

 

Quando, por volta de 2010, começamos a ver imagens de Cara Delevingne explodir pelas redes sociais e, pela primeira vez, sentimos as sobrancelhas grandes, escuras e volumosas estavam prestes a ser consideradas trendy. Assim foi.

 

Nos dez anos que se seguiram, o maximalismo das sobrancelhas estava na ribalta e a indústria cosmética providenciou uma multitude de instrumentos que poderiam auxiliar qualquer pessoa na obtenção de tal look. É por isso que, hoje, a maioria de nós terá no seu kit de Beleza algo como um lápis para preencher as sobrancelhas, uma pequena escova para as pentear, um pincel para as delinear e, quem sabe, um ou dois óleos que impulsionem o crescimento dos pelos nessa fatídica zona do rosto.

 

Por muito que custe dizer, é provável que os próximos anos façam com que tenhamos de substituir todas essas ferramentas por uma única que, lá está, viveu o seu momento de glória no início dos anos 2000. Falamos da pinça, é claro.

 

Quando inicialmente se abordou o regresso da estética Y2K à maquilhagem, falou-se das sombras metalizadas e do glitter, dos lábios brilhantes e das bochechas coradas, mas ninguém queria falar das sobrancelhas. Porquê? Porque, achávamos nós, ninguém queria ver as sobrancelhas finas regressarem ao panorama de Beleza atual.

 

Talvez nem tenha sido uma questão de querer, mas sim uma questão de acontecer. E entre as pessoas que fizeram acontecer, Bella Hadid está no topo da tabela. A modelo nunca escondeu o seu gosto pelas sobrancelhas finas, tendo muitas vezes apostado em looks de Beleza que remetem para o estilo Y2K. Mas não foi a única. Em 2018, muito antes de sequer pensarmos no provável regresso desta tendência, Rihanna apareceu na capa da Vogue britânica com umas sobrancelhas cujo delineado nos transportou automaticamente para o final dos anos 90.

 

Chegados aos novos anos 20 e as sobrancelhas (muito) esculpidas começam a aparecer em alguns dos looks de Beleza de destaque das passerelles internacionais. Para a primavera/verão de 2022, vimos a estética Y2K – com todos os seus componentes – representada em desfiles como os de Versace ou Blumarine, e até em Chanel foi possível verificar um ligeiro diminuir do volume das sobrancelhas.

Equilíbrio feminino

Hormonas: as substâncias produzidas por glândulas endócrinas que funcionam como mensageiros químicos e atuam à distância do local onde são produzidas.

São responsáveis por desempenhar várias funções essenciais para o bom funcionamento do organismo, mas é comum ouvirmos falar das hormonas com um cunho menos positivo, e muitas vezes associado à ideia de desequilíbrio e até mesmo de descontrolo – em especial no feminino, já que as mulheres são mais suscetíveis a flutuações hormonais.

Ainda que o nosso corpo esteja preparado para funcionar por si mesmo, o nosso estilo de vida atual, muitas vezes pautado por stresse extremo, exposição a químicos prejudiciais e uma dieta que nem sempre é o mais equilibrada possível, tem-nos levado a pensar cada vez mais na saúde hormonal e reprodutiva.

Afinal de contas, são muitas as mulheres que já experienciaram o chamado “desequilíbrio hormonal”, quando não nos sentimos alinhadas com os nossos ciclos, ou estamos a ter problemas do foro ginecológico ou emocional.

E ainda que as nossas hormonas estejam em constante flutuação durante o dia, a noite, os anos em que menstruamos e toda a nossa vida, existem alguns passos que podemos dar para otimizar o equilíbrio, potenciando assim um maior bem-estar.

As hormonas que todas devemos conhecer

Estrogénio

A principal hormonal sexual feminina, o estrogénio é produzido maioritariamente pelos ovários. Desempenha um papel importante no ciclo menstrual, na manutenção da densidade óssea e na regulação do humor.

Progesterona

Produzida também nos ovários, desempenha um papel importante nos primeiros meses de gravidez. É igualmente responsável por regular o ciclo menstrual.

Testosterona

Ainda que seja sempre relacionada com o sexo masculino, as mulheres possuem um pouco de testosterona, que afeta o humor, a energia, a libido, os ossos e os músculos.

Cortisol

Em níveis normais, é responsável por regular o açúcar no sangue e o sistema imunitário. No entanto, a hormona do stress pode trazer alguns problemas quando em níveis mais altos, como sentimentos de pânico e depressão, esquecimento e sistema imunitário mais fraco.

Hormonas da tiroide

São as hormonas responsáveis por manter o equilíbrio no corpo, ao regularem funções como a respiração, a frequência cardíaca, o metabolismo e a temperatura do corpo.

DHEA

Talvez menos conhecida que as restantes hormonas aqui mencionadas, a DHEA – abreviação de Dihidroepiandrosterona – é o percursos de hormonais mais comum no nosso corpo, o que significa que ajuda a desencadear uma série de reações que irão produzir outras hormonas essenciais ao equilíbrio hormonal feminino, como a testosterona e o estrogénio.

Apesar de ser particularmente importante durante a puberdade, tem também um papel de proteção contra o stresse e manutenção do sistema imunitário ao longo da vida. Quando em níveis baixos, a DHEA tem vindo a ser associada à perda de energia e performance sexual, depressão e envelhecimento visível da pele.

5 dicas para fazer Detox naturalmente

Acredito num processo de detox natural e estruturado. Podemos empreender um processo de desintoxicação recorrendo a comida real, sem provocar um choque brutal ao nosso corpo e à nossa atividade mental.

O nosso corpo está preparado para desintoxicar naturalmente, mas se lhe dermos as condições perfeitas, o processo pode ser muito simples e rápido. Devemos, no entanto, ter em atenção o tipo de detox que escolhemos realizar. Por exemplo, se nos limitarmos a ingerir líquidos frios, nestes dias, o frio que sentimos será potenciado – deixando-nos muito desconfortáveis. Se entrarmos em privação total, o nosso humor, qualidade de sono, desempenho físico e mental serão hipotecados.

Desta forma, à pergunta detox? A resposta é sim, mas com consciência. Para o efeito, descubra cinco dicas perfeitas para colocar em prática:

1. Coma de forma simples, sem aditivos ou métodos culinários muito elaborados e condimentados. Cozinhe com alimentos reais e naturais, de fácil digestão. Coma apenas quando tem fome.

2. Estimule o correto funcionamento dos órgãos excretores e que ajudam a limpar o organismo, designadamente os rins, o fígado e os intestinos.

3. Deixe de parte os alimentos inflamatórios, tais como o açúcar, o álcool, os alimentos processados, o glúten e o café. Isto, a par da redução do consumo de proteína animal.

4. Privilegie o consumo de cereais integrais, leguminosas, legumes e fruta da época. Foque-se nos alimentos que vão tonificar o fígado e os intestinos, como o nabo, a beterraba, os cogumelos shitake, o limão, o miso, os picles, entre outros.

5. Tenha sempre em atenção a sua condição específica de saúde. As exceções e especificidades de cada um são cruciais para que uma desintoxicação tenha bons resultados.

Laranja: um fruto que faz (mesmo) bem à saúde

A origem da laranja localiza-se na Ásia, há mais de 4000 anos, mas hoje é já o citrino mais produzido no mundo e existem milhares de variedades. Em Portugal Continental, ocupa o segundo lugar, depois da maçã, na lista de fruto fresco com maior produção. Há quem diga que fomos nós, portugueses, que trouxemos este fruto para a Europa no século XVI. Nalguns países europeus, a laranja foi mesmo batizada com o nome de Portugal. É o caso da Turquia (portakal), Grécia (portokali) e Roménia (portocala).
Mas laranjas há muitas e comer uma aqui em Portugal não é o mesmo que fazê-lo no país vizinho. A laranja do Algarve, famosa por ser doce e carnuda, é muito diferente da variedade que encontramos em Sevilha, mais ácida, a apenas alguns quilómetros de distância. Há para todos os gostos.
Agora que já conhece algumas curiosidades sobre a laranja, vamos, então, conhecer os seus benefícios e como pode incluí-la no seu menu diário.
Dose diária de vitamina C

Falar de laranja é também falar de vitamina C. Sabia que comer uma laranja de tamanho médio é suficiente para consumir mais de 100% da dose diária recomendada? Basta descascar e comer. Esta vitamina, contribui, por exemplo, para:

O funcionamento adequado do sistema imunitário, tão importante para as defesas do organismo;
A proteção das células contra oxidações indesejáveis;
A formação de colagénio (uma proteína essencial nos processos de cicatrização e necessária para os ossos, pele, cartilagens ou vasos sanguíneos);
Aumentar a absorção de ferro (o que é especialmente revelante, por exemplo, numa alimentação vegetariana);
O processo de produção de energia e redução do cansaço e da fadiga;
O bom funcionamento do sistema nervoso e uma normal função psicológica.

A laranja é ainda uma excelente fonte de fibra, um nutriente essencial para o bom funcionamento intestinal, e ácido fólico, uma vitamina que, entre outras funções, tem um papel importante durante a gravidez.
Como incluir laranja na sua alimentação

A laranja pode ser consumida fresca (ao natural) ou pode utilizá-la como ingrediente de inúmeras receitas, sejam elas sumos e batidos (já experimentou Compal Essencial de Laranja com a dose diária recomendada de vitamina C?), saladas, bolos, usar como tempero em pratos principais, a raspa em saladas ou até a sua casca para uma infusão com um toque cítrico.
Para que se mantenha saborosa, evite guardá-la no frigorífico, preferindo antes um local fresco e seco.